Ai se não fosse o túnel do Marquês!
Fátima Pinheiro
Quem ontem teve que passar pela Av. da República por volta das seis, sabe do que falo. Quem não passou, acredite se quiser. E já tive situações mais graves nessa zona. Noutro dia ia apanhar o autocarro 83 e ia sendo atropelada numa daquelas novas vias para ciclistas. E não sou caso único. Eles todos bem apetrechados, capacete xpto e na esgalha, eu uma pessoa contente por ter ficado viva. Que mais me irá acontecer?
E ontem? Parecia que estávamos em guerra, ou que tinha havido bomba. As eleições são domingo. Em quase cada cruzamemto da Avenida estavam agentes a "ajudar". O sinal estava vermelho e eles gesticulavam para avançar. Vermelho, a pessoa hesita, é normal. Eles meio zangados e impacientes, repetiam para avançar, como que a dizer "então???? avança, depressa!!!". E os braços a mandar. E nós perplexos a avançar. E a parar nos outros vermelhos, não sem algumas dúvidas.
No regresso foi igual. Aliás, pior. Mais carros sem saber como fazer!. Aquela zona de Lisboa encolheu, mudou de regras e tornou-se caótica. Em certos pontos é vacatio legis. E, hoje não preciso dizer mais, escrevi estas linhas para levantar a minha voz nesta época eleitoralícia.
Não quero mais do mesmo. Medina não merece o meu voto. Nem ele nem quem pior, muito pior, tem feito com Portugal. Em todas as frentes, que andam agora de mão estendida, a ver se ainda apanham alguma coisa. Votar em Medina é votar em quem "governa", sem eira nem beira, o meu País.
Sim, não me venham dizer que este voto não é nacional! Se assim não fosse o que que estava a fazer em Cascais, anteontem, António Costa com um senhor de cor negra a apoiar a ex-ministra Canavilhas, a dançar ao ritmo de uma boa guitarrada!!!!???? Ele ria-se, recebia umas palminhas nas costas, dadas pelo senhor que cantava e dizia que o apoiava. Canavilhas era só salero. Cascais no seu melhor e Costa, até aguentar, abandona o local já com a cara de quem ali foi picar o ponto. Até o previsto Comício foi cancelado.
Voltando à minha aventura, ou inferno, de ontem. O túnel do Marquês foi o oásis que me permitiu respirar por uns momentos.